Requeremos à Mesa, ouvido o Plenário, de acordo com o Art. 139 do Regimento Interno e cumpridas às formalidades regimentais , que seja formada nesta Assembleia Legislativa, uma Comissão Especial composta por dez (10) membros, sendo (05) titulares e (05) suplentes, tendo o prazo de duração de noventa dias, para discutir a mobilidade urbana das cidades pernambucanas com mais de cem mil habitantes.
A Região Metropolitana do Recife possuia em fevereiro de 2011 uma frota de 988.202 veículos, e até o mês de julho daquele ano, 53.321 novos veículos passaram a circular nas ruas da RMR. Esse crescimento já causava grandes problemas no deslocamento pelas ruas da cidade, independente de qualquer acontecimento atípico. Para quem utilizava o transporte público, a dificuldade era ainda maior. Segundo informações do Grande Recife Consórcio de Transportes, 488.733.192 passageiros utilizavam ônibus e metrô como meio de transporte. Terminais de passageiros e ônibus superlotados nos horários de pico causam a insatisfação dos usuários. Já naquele ano, o trabalhador que morava em Maranguape II, no município de Paulista,levava cerca de duas horas para se deslocar da sua casa até o seu local de trabalho, no centro da cidade. O percurso tem em média 22 km. A rede de transporte público do Recife, era composta por 13 terminais integrados e, de acordo com o governo do estado, tinha capacidade para 800.000 passageiros. Até 2012, a capacidade de passageiros deveria chegar a 1,6 milhão. Naquela época , varios projetos entraram na pauta de realizações do governo. Muitas delas, como exigências para receber jogos da Copa do Mundo. Muitas delas não foram concluidas ou ainda não trouxeram os benefícios esperados pelos administradores públicos. Em Dezembro de 2018, Pernambuco já tinha mais de três milhões de veiculos. Para fugir da má qualidade do transporte público, algumas pessoas optam pela bicicleta. Mesmo possuindo um carro. Essa tem sido a opção escolhida por muitos recifenses, mas seus adeptos sentem falta de mais pistas para circulação de bicicletas. O problema é que grande parte dos motoristas não respeitam os ciclistas. Até os rios que cortam o Recife são considerados mais uma alternativa para a melhoria da mobilidade urbana. As cidades interioranas já começam a sentir os transtornos que o aumento de automoveis causa; além disso, é preciso inserir também neste debate, o transporte que usa animais; ouvindo os trabalhadores que atuam neste segmento. Outro grande problema é o metrô que atende de forma insatisfatória. Dentro desse contexto estão inseridos, ainda, os aplicativos de taxi . O objetivo maior dessa Comissão é ouvir especialistas, membros da sociedade civil, empresários, representantes de orgãos públicos e trabalhadores, para, juntos, encontrarmos saídas para minimizar a problemática da mobilidade e do transporte público em nossas cidades.