“Irmão dos pobres e meu irmão”, essas foram as palavras do Papa João Paulo segundo a Dom Hélder Câmara, na visita que o Papa fez ao Recife em 1980.
Dom Hélder Pessoa Câmara nasceu em fortaleza, estado de Ceará, no dia 07 de fevereiro de 1909, décimo-primeiro filho de uma família de treze irmãos era filho do jornalista, João Eduardo Torres Câmara Filho e da professora primária, Adelaide Pessoa Câmara. Aos quatorze anos entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde cursou filosofia e teologia
Em 1931, com 22 anos de idade, ordenou-se sacerdote com a autorização da Santa Sé, pois não completara a idade mínima para ordenação, que era de 24 anos. Foi nomeado em 1936 diretor do Departamento de Educação do Estado do Ceará, exercendo esse cargo por cinco anos. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde se destacou no desempenho de atividades sociais. Fundou a Cruzada São Sebastião e o Banco da Providência, entidades destinadas ao amparo dos mais pobres.
Em 1946 recebeu um convite para assessorar o arcebispo do Rio de Janeiro. Seis anos depois foi nomeado bispo-auxiliar . Em 1950, Dom Hélder apresentou seu plano ao Monsenhor Montini (que viria a ser o Papa Paulo VI, em 1963) para fundar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual foi secretário durante 12 anos.
Em 12 de março de 1964, foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, pouco antes do golpe militar. Dias depois, divulgou um manifesto apoiando a ação católica operária em Recife. O novo governo militar acusou-o de demagogo e comunista e Dom Hélder foi proibido de se manifestar publicamente. No entanto, sua figura pública adquiria importância cada vez maior. Passou a fazer conferências e pregações no exterior, desenvolvendo intensa atividade contra a exploração e a favor dos mais pobres. Em 1970, fez um pronunciamento em Paris denunciando pela primeira vez a prática de tortura a presos políticos no Brasil.
Em 1972 foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Dom Hélder aposentou-se em 1985, tendo organizado mais de 500 comunidades eclesiais de base. Publicou 23 livros, sendo 19 deles traduzidos para 16 idiomas. Recebeu 30 títulos de Cidadão Honorário, 28 de cidades brasileiras, um da cidade de São Nicolau, na Suíça em 1985, e outro de Rocamadour, na França em 1987. Ao todo foram 716 títulos de homenagens e condecorações. Em 1985 Dom Hélder foi substituído pelo bispo conservador Dom José Cardoso, mas nunca deixou de atuar em favor dos pobres. Em 1991, iniciou um movimento contra a fome, lançando a campanha “Ano 2000 Sem Miséria”. Dom Hélder Câmara faleceu na cidade do Recife, no dia 27 de agosto de 1999, de parada cardíaca.
A Arquidiocese de Olinda e Recife e a Igreja em todo Brasil celebraram no dia 07 de fevereiro de 2023 , o aniversário de 114 anos do nascimento de Dom Helder Câmara, um religioso, bispo católico e arcebispo emérito de Olinda e Recife mas principalmente um ser humano que tinha como principal missão cuidar daqueles menos favorecidos , sendo a voz da luta pela igualdade e liberdade , um ser humano ímpar e que nos orgulha o que torna inquestionável a aprovação deste Projeto para inscrever o nome de Dom Helder Câmara no Livro do Panteão dos Heróis e Heroínas de Pernambuco- Fernando Santa Cruz o nome de Dom Helder Câmara.